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Análise: Relação do mercado de criptomoedas e o mercado internacional (02/09)

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9 de setembro de 2019
Publicado em:
09/09/2019
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Com a guerra comercial ocorrendo entre os Estados Unidos e a China, ambos os países aumentaram suas tarifas sobre produtos importados do concorrente. Diante disso, por ter ficado mais caro fazer negócios utilizando a regulamentação de cada um desses países, há uma tendência de que os negociadores comecem a fechar seus acordos utilizando criptomoedas, fugindo, assim, dos altos impostos.

Então, com uma possível relação de causalidade, o preço do principal criptoativo valorizou mais de 7% durante o pregão desta segunda-feira. Chegando a ser negociado acima dos US$ 10.400,00, o Bitcoin, por possuir mais liquidez, é, também, o melhor ativo para se negociar grandes valores. Por consequência, sua representação frente ao mercado superou o patamar de 70% do valor de mercado total.

Contudo, provavelmente, tanto a China quanto os EUA não poderão manter essas tarifas por muito tempo. Com suas respectivas economias demonstrando sinais de recessão, como a inversão da curva de juros e lucros das empresas, além do fato do cenário econômico do bloco europeu estar ainda pior, aumentar os impostos é um tiro no pé que poderá colapsar os mercados.

Por exemplo, após o crash da bolsa de valores em outubro de 1929, o mercado já estava começando a indicar sinais de recuperação nos meses seguintes (assim como tinha ocorrido com todas as crises econômicas anteriores naquele país — que duravam poucos meses, em decorrência da ação do mercado e a pouca interferência governamental), quando foi aprovada a tarifa Smoot–Hawley em junho de 1930, que levou a uma queda de mais 86% na bolsa de Nova York (NYSE).

Sendo a tarifa Smoot–Hawley a segunda maior tarifa de exportação que já ocorrerá no país (a primeira foi imposta 100 anos antes), ela agravou ainda mais aquela crise e fez com que a recessão se transformasse numa depressão que durou quase 20 anos (por isso, tal período foi chamado como “A Grande Depressão”). Contudo, tanto o atual presidente americano quanto o atual presidente chinês sabem que essas tarifas agravarão ainda mais suas economias e, por isso, estão dispostos a firmar um acordo de comércio.

Com as tensões comerciais se amenizando, é provável que a guerra comercial termine ainda este mês, podendo fazer o preço do Bitcoin cair pela não utilização do mesmo para negociações internacionais. Por outro lado, se as tarifas se mantiverem, a economia como um todo poderá entrar em recessão, fazendo com que menos investidores tenham dinheiro e o preço dos ativos, dessa vez, também incluindo os dos outros mercados fora as criptomoedas, sofram uma forte desvalorização.

De modo geral, para o preço dos ativos continuarem subindo, há “apenas” uma possibilidade: mais impressão de dinheiro pelos bancos centrais do mundo. Imprimindo ainda mais dinheiro (também é possível fazer uma analogia entre o pré-crise de 1929 com o cenário atual), a quantidade de moedas em circulação aumenta e isso tende a gerar inflação nos preços. Esse cenário, que embora seja possível, ainda não é bem visto pelos presidentes dos principais bancos centrais do mundo (pelo medo de criar uma economia “zumbi”).

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