Todos nós fazemos gerenciamento de risco de forma instintiva, sem nem percebermos os motivos. Estamos gerenciando os riscos, por exemplo, quando colocamos o cinto de segurança no carro, quando utilizamos capacete andando de moto ou bicicleta, quando colocamos um tênis adequado para fazer uma corrida, ou até mesmo quando usamos óculos escuros em dias de sol.
Nossos instintos de sobrevivência nos fazem administrar situações que nossa mente avalia como arriscadas, muitas vezes de forma inconsciente. Nosso cérebro foi programado, ao longo da evolução da espécie, para não deixar a raça humana ser extinta, e é por isso que nos protegemos o tempo todo, mesmo sem percebermos.
Dentro do Mercado Financeiro, o gerenciamento de risco deve fazer parte da rotina pelas mesmas razões explicadas acima: a sobrevivência. Todos os que investem seu dinheiro, mesmo que de forma eficiente, estudada e cuidadosamente calculada, também estão expostos a perdas, que podem ser devastadoras.
Por isso, antes mesmo de começar a operar, é fundamental se planejar e tentar reduzir ao máximo essas possibilidades. Não há nenhuma chance de um investidor ter vida longa no mercado especulativo sem que possua um gerenciamento de riscos realista e eficaz, que garanta sua sobrevivência, mesmo após grandes oscilações do mercado.
A ideia central de todos os que arriscam seu dinheiro na bolsa de valores é aproveitar ao máximo as oportunidades que aparecem para alavancagem de lucros. Naturalmente, os riscos são maiores quando falamos em daytrade, já que esta modalidade exige que nosso cérebro faça escolhas complexas num curtíssimo espaço de tempo, provocando uma alta exposição à possibilidade de erro. Portanto, as atitudes devem ser levadas em conta antes que seja tomada qualquer decisão financeira.
O gerenciamento de riscos não envolve apenas a definição de quanto se pretende ganhar ou o quanto se está disposto a perder nas operações. Este sistema, que é mais complexo do que parece, também vai além de se determinar as estratégias a serem utilizadas com base em estudos e indicadores. O gerenciamento de riscos é mais que estabelecer parâmetros de ganho e de perda, ele é um conjunto de atitudes que o investidor/trader precisa ter para se manter vivo no mercado, mesmo vivendo os piores cenários possíveis.
Este conjunto de atitudes envolve disciplina, perseverança, determinação, coragem, resiliência, dedicação e muito autoconhecimento.
Não se deve medir esforços para a construção de um sistema que é a base, o suporte de todos os que se expõem aos altos riscos. Afinal de contas, o Gerenciamento de Riscos serve exatamente para isso: para que o investidor não tire as mãos do volante, independentemente de estar dirigindo numa estrada sem movimento, em linha reta, ou numa rodovia cheia de caminhões, curvas e buracos.
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Artigo escrito por Mariana Sant, psicóloga financeira da Criptomaníacos.