Já se passaram dois meses desde que o Bitcoin e o valor total do mercado cripto atingiram um recorde histórico. Desde então, o mercado tem caído, e o sentimento geral está em baixa.
Para contextualizar, antes desse período de alta, o Bitcoin oscilava entre US$ 52 mil e US$ 70 mil. Hoje, estamos entre US$ 91 mil e US$ 108 mil.
No telescópio de hoje, vamos analisar o que esperar do mercado em 2025 e responder às perguntas: “Quando o mercado vai se mover novamente?” e “O movimento será de alta ou de baixa?”.
Mas antes, dar uma espiada sobre o que estamos analisando no Bitcoin 👀👇
Na sexta-feira, vimos o Bitcoin recuar logo após a confirmação do hack na Bybit, um dos maiores da história. O impacto não se limitou ao BTC, as altcoins também sofreram um forte recuo, refletindo a aversão ao risco no mercado.
Após o Bitcoin romper a resistência de $98.057 com volume no MACD na quinta-feira, o mercado sofreu um banho de água fria na sexta-feira com a confirmação do incidente na Bybit.
Com esse recuo, o Bitcoin voltou a operar na parte inferior da lateralização, que vínhamos acompanhando nas últimas semanas. Caso os candles fechem abaixo dos $94.000, o preço pode buscar o suporte em $92.126.
Para um cenário mais positivo nesta semana, o ideal seria o Bitcoin recuperar os $98.
A inflação nos EUA continua alta, as taxas de juros seguem elevadas, o dólar permanece forte e a liquidez está limitada — fatores que não favorecem os criptoativos.
Jerome Powell, presidente do FED, afirmou recentemente que o Quantitative Easing (QE) só é utilizado quando as taxas estão em 0%, o que está longe da realidade atual.
Por isso, o mercado teme não receber o impulso de liquidez esperado para elevar os preços dos ativos. Isso explica a falta de movimentação do Bitcoin desde o início de dezembro.
O FED foi responsável por injetar trilhões de dólares na economia durante o ciclo anterior, impulsionando o bull market de 2020-21.
No entanto, ao elevar as taxas e implementar o Quantitative Tightening (QT), contribuiu para a queda do mercado em 2022. Agora, o foco do mercado continua no FED e em seus próximos passos.
Mas, desta vez, há um fator diferente: a economia dos EUA está em uma posição sólida — evidenciada pelo índice ISM superando 50 pela primeira vez em três anos.
Segundo o princípio “seja ganancioso quando os outros estão com medo”, este pode ser um ótimo momento para comprar.
O ISM é o melhor indicador para identificar o estágio do ciclo econômico.
Acima de 50, sugere expansão econômica (ou “macro verão”, conforme nossa análise sazonal), enquanto abaixo de 50 indica contração econômica. Nos últimos 20 anos, o ISM só ultrapassou a marca de 50 com taxas de juros em 0% e/ou QE.
No entanto, desta vez, o ISM está subindo sem esses fatores — e indicadores como o Philly Fed Survey mostram que ele deve subir ainda mais nos próximos meses.
Sempre que o ISM ultrapassa 50, o preço do Bitcoin tende a se valorizar.
Esse também é o momento em que as altcoins começam a superar o BTC.
Apesar das incertezas macroeconômicas, os sinais do ISM indicam que o mercado cripto pode estar à beira de uma nova fase de valorização.
Com o histórico mostrando que esses períodos favorecem tanto o Bitcoin quanto as altcoins, o momento atual pode ser uma oportunidade para quem busca se posicionar antes da próxima movimentação de alta.
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